Essa história começou em julho de 2011, quando fui para um jantar na casa de um amigo e a gente se conheceu. A gente se adicionou no Facebook depois disso e você veio falar comigo. Eu havia cozinhado no dia, você perguntou quando iria ter outro jantar e disse que esperava que fosse logo.
A gente se desencontrou, o tempo passou, em 2015, voltamos a conversar, queríamos nos encontrar, mas nossa rotina era sempre incompatível. Depois de muitos convites, de ambas as partes, deixados em aberto, a gente já parecia estar desistindo um do outro, mais um daqueles casos das pessoas certas no tempo errado.
Mas, antes que eu desistisse, ou que a gente desistisse, a gente se encontrou naquela prévia de carnaval. Apesar da multidão, nosso olhar se encontrou. Você veio até mim com um sorriso no rosto. No momento que trocamos as primeiras palavras começou a chover.
Você colocou o braço em volta do meu ombro enquanto a gente corria procurando abrigo. Quando paramos na porta de um prédio, nossos olhares se encontraram novamente, ali eu soube, não havia mais desculpas, estava na hora, então a gente se beijou.
A chuva continuou e não vimos alternativa a não ser entregarmos-nos. Corremos, dançamos, nos abraçamos. E eu me lembrei da importância de não desistir, às vezes a gente só precisa de mais uma tentativa para acertar.
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