Eu estava enganado

A sociedade adotou um protocolo conveniente a era da tecnologia: fácil vem, fácil vai. Conhecemos mais pessoas, rapidamente sabemos tudo da vida delas e protagonizamos uma amizade inquestionável nas fotos publicadas nas redes sociais, mas o quão profundo esse relacionamento pode ser?


Dizem que um amigo de verdade vale por um milhão, é triste, mas hoje temos um milhão e não temos nenhum. A verdade é que a correria do dia a dia dificulta muito o contato e que a tecnologia pode ajudar, mas e quando ela começa a substituir? Temos um milhão de amigos online, mas quantos podem entrar na nossa casa, sentar no nosso sofá e sorrir com a gente?

Em alguns casos, a pessoa recorre a publicar situações intimas nas redes sociais em busca de consolo, uma carência virtual. Como diria Mario Sergio Cortella “Usa-se com facilidade a palavra amigo, em vez de, honestamente, fazer valer as expressões colega ou conhecido”.


Então, eu estava enganado, é muito difícil para o ser humano admitir o erro. Mas eu errei e não adianta mais mentir, nem para você e nem para mim. Não somos amigos, nunca fomos, eu gostaria que fossemos, mas até lá, é um prazer ser seu colega ou conhecido.

“A felicidade de um amigo deleita-nos, enriquece-nos, não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe” Jean Cocteau.

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