A vida em cor de rosa

Já faz um ano e minha vida parece outra. Lembro das semelhanças da vida com uma Montanha Russa e agora, me sinto um estranho, diferente do cara ansioso e amedrontado preso no assento do vagão, batendo o pé no chão, aguardando a vez de ficar por cima de novo.



Eu sei melhor agora, mas ainda não sei de muita coisa. Aos 86 anos de idade, minha avó sempre foi uma inspiração, que vai muito além do que as palavras podem descrever.

Muitas pessoas passam a maior parte das suas vidas se preocupando com o passar do tempo, muitas vezes não resisto a esse mal. A única alternativa a envelhecer é a morte, aposto que envelhecer não parece tão ruim agora.

Cada ruga no seu rosto contará uma história, é como se você se tornasse um livro ambulante. Cheio de conhecimento e histórias para contar. Sim, mais um ano se passou.

Não é réveillon, mas o novo ano de cada um começa a partir do seu aniversário. É aí que você tem a oportunidade de comemorar sua história, sua vida.

Já aprendi inúmeras coisas com minha avó e continuarei aprendendo, por sempre ter consciência do valor imensurável e essencial que esta mulher representa na minha vida, na vida dos meus familiares e na vida de todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la.

Minha vida está completamente diferente, minha rotina mudou, eu mudei, e que Deus permita essa mudança constante. Edith Piaf cantava sobre ver a vida em cor de rosa, hoje, as pessoas criticam quem vê a vida assim.

Talvez porque a descrença esteja tomando conta do mundo inteiro. Reflita, pelo menos por um instante, essas palavras "Heureux, heureux en mourir" (Feliz, feliz até morrer) e tenha um ótimo dia, tenha um ótimo ano, esteja ele no início, no meio ou no fim.

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