Presente

Luís nunca havia vivido uma história de amor. Seu coração sem cicatrizes sentiu a dor do fim pela primeira vez, sempre termina assim? Perguntava-se. Então qual é o objetivo de passar por isso?

Não consegue as respostas para suas perguntas. Não conseguia encontrar uma fórmula para lidar com seus sentimentos, o jeito era sentir, o jeito era deixar a dor passar, ou uma hora apenas deixar de se importar.

Ainda assim, precisava ouvir que tudo ia ficar bem. Precisava de algo que mantivesse sua fé, sua inquestionável fé no amor, mas que começou a ser questionada, posta a prova.

E ele desistiu, só para depois descobrir que não podia desistir, que tinha que continuar vivendo. Que uma hora teria que sair do automático e voltar a viver, porque a existência sem sentir é sufocante, não é existir. 

Seu presente foi o tempo, aquela sensação de que não podia mais respirar passou, ele respirou novamente, descobriu novas coisas e descobriu que estava pronto para amar novamente.

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