O jogo

Quando estamos em um jogo, temos um único objetivo: ganhar. Existe um jogo que talvez seja o mais antigo e o mais jogado do mundo. Nesse jogo você deve esconder suas cartas e descartar apenas aquilo que não lhe serve mais, deixando à mostra somente o que possa ser visto pelo adversário.


Como se trata de um velho jogo, há muito se perdeu o manual de regras, mas sabe-se que existe um momento no qual você pode blefar ou jogar limpo, com todas as cartas na mesa. Caso não tenha reconhecido, esse é o jogo do amor.

Os amantes transformam-se em adversários com o objetivo de ganhar um ao outro e devem evitar ao máximo que o outro detenha todas as cartas. Talvez o jogo seja apenas perca de tempo e uma distração daquilo que poderia ser muito melhor se vivido sem regras, limitações ou inibições. Mas quem se atreve a parar de jogar? Quem se atreve a dar o braço a torcer?


Luís decidiu parar de jogar e pôr as cartas na mesa. Ele resolveu se dar ao direito de sentir o que estiver sentindo sem medo das consequências, afinal ele é responsável por si mesmo. O jogo é aquilo que nos dá duas possibilidades, a de ganhar e a de perder, talvez sem ele a única possibilidade à nossa frente seja a vitória, quer o relacionamento dê certo ou não, porque, às vezes, como no jogo, nosso objetivo muda.

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