Filmes para quem está solteiro no dia dos namorados

Outro dia estava navegando pela internet e me deparei com uma lista de filmes para quem não está namorando assistir durante esse período que ronda o dia dos namorados. Antes da lista de filmes, o texto chegava a dizer que a seleção foi feita pensando que é melhor estar só do que mal acompanhado. Fiquei intrigado com isso.

*Foto da melhor solteira de todos os tempos, Bridget Jones, para ilustrar o post.

Depois que vi os filmes, fiquei mais intrigado ainda. A maior parte deles tratava de um tema em comum: violência contra as mulheres. Achei ofensivo. Conversei com minha irmã sobre isso e um questionamento surgiu: quer dizer que, de acordo com a lista, o consolo para as solteiras seria não estar em uma relação abusiva. Percebem o quanto isso é perturbador?


Desde então me dei a missão de selecionar alguns filmes sobre pessoas e relacionamentos que deixaram de dar certo e resolveram findar as coisas. Lembrando a todos nós, que já passamos o dia dos namorados na companhia de alguém, e já passamos sozinhos também, que hoje você pode estar em um relacionamento e daqui a algum tempo não estar mais ou que você pode estar solteiro(a) e daqui a algum tempo estar em um relacionamento.

Mas a melhor coisa a fazer quando se está sozinho é se curtir, sabe? Conhecer a si mesmo, descobrir-se, saber o que você quer... Rompimentos podem e devem ser vistos como um aprendizado para as futuras relações.

Pensando nisso, aqui estão os filmes da minha lista:

1 Livre (2014)



Lembra quando falei sobre conhecer a si mesmo? Pois é isso que esse filme aborda. Livre conta as memórias de Strayed, que reconstruiu sua vida assumindo a missão de percorrer caminhando os EUA. Traumatizada pela morte da mãe e o fim do seu casamento, a autora decidiu pegar a Pacific Crest Trail, trilha que se estende da fronteira dos Estados Unidos com o México até à sua fronteira com o Canadá seguindo os montes mais altos da Sierra Nevada e do Cascade Range paralelamente ao Oceano Pacífico. Vários meses sozinha, tendo contato com estranhos esporadicamente, desafiando seus limites físicos e saindo da zona de conforto em busca do autoconhecimento. Quando terminei de assistir quase peguei a mochila e o tênis para sair caminhando pelo mundo. 

2 Closer (2004)


Esse é um dos meus filmes favoritos. Ele conta a história dos casais Dan e Alice (Jude Law e Natalie Portman) e Anna e Larry (Julia Roberts e Clive Owen). Que são dois casais aparentemente bem resolvidos, independentes. Não têm vergonha de falar de sexo, de detalhes anatômicos, dos parceiros, dos outros. O problema é que esse desapego é só aparente. Num período de alguns anos, traições e separações, reconciliações e desenganos pontuam as suas vidas inseguras e expõem a sua hipocrisia. E Closer me atrai por existir uma proximidade com a realidade, as brigas dos casais em determinado momento do filme são tão verdadeiras que a gente se identifica sem querer.

3 Ele não está tão afim de você (2009)

Devo admitir que precisei dar uma segunda chance para esse filme, tive que assisti-lo novamente antes de inclui-lo na lista. Mas eu lembro que ele foi um sucesso na época que saiu, só se falava nele. Talvez por isso criei resistência. O filme conta a história da menina (Ginnifer Goodwin) que quer desesperadamente um namorado, o cara (Kevin Connolly) que não quis ser o namorado dela porque é apaixonado por uma sexy professora de yoga (Scarlett Johansson), que só o usa para encher seu ego e o descarta ao conhecer um bonitão (Bradley Cooper) no supermercado, que é casado com uma mulher (Jennifer Connelly) que trabalha na mesma agência que aquela menina que queria um namorado e uma outra (Jennifer Aniston) que já tem um namorado (Ben Affleck) há 7 anos e agora quer se casar, enquanto ele acha o casamento uma convenção da sociedade. Tem ainda o cara (Justin Long) que vai ajudar a menina que queria um namorado e a amiga da professora de yoga (Drew Barrymore). Ótimo para entendermos (ou não) um pouco mais sobre as confusões do jogo dos relacionamentos.

4 500 dias com ela (2009)


Quando assisti a primeira vez fiquei meio intrigado, porque esse é um daqueles filmes que a gente pensa “diferente dos padrões de Hollywood”. O filme conta a história de Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) que está em uma reunião com seu chefe, Vance (Clark Gregg), quando ele apresenta sua nova assistente, Summer Finn (Zooey Deschanel). Tom logo fica impressionado com sua beleza, o que faz com que tente, nas duas semanas seguintes, realizar algum tipo de contato. Sua grande chance surge quando seu melhor amigo o convida a ir em um karaokê, onde os colegas de trabalho costumam ir. Lá Tom encontra Summer. Eles também cantam e conversam sobre o amor, dando início a um relacionamento. No começo tudo muito bom e depois os problemas começam... Ai vocês assistem e tirem suas conclusões. Tem gente que ama e tem gente que odeia esse filme.

5 E o vento levou (1939)


Talvez o meu clássico preferido. "E o Vento Levou" narra a complicada vida de Scarlet O’Hara (Vivien Leigh), seus amores e desilusões em um período que tem a Guerra Civil Americana como pano de fundo. Clark Gable é Rett Butler, um vivido aventureiro que passa pela vida de Scartlet, em uma relação de amor e ódio marcada por conflitos já clássicos e cenas inesquecíveis de amor. Sempre que alguém me diz que nunca assistiu eu faço um escândalo, porque não acredito que as pessoas consigam viver uma vida normalmente sem assistir esse filme, que é considerado uma das melhores produções da história do cinema.

6 Terapia do Amor (2005)


Em Terapia do Amor Uma Thurman interpreta Rafi, uma mulher recém-divorciada, ainda traumatizada pelo fracasso de seu relacionamento, que se apaixona por um pintor 15 anos mais novo que ela (Bryan Greenberg). O filme mostra o ponto de vista não somente do casal envolvido, mas das pessoas que o cercam, mostrando todas as consequências sociais quando duas pessoas se apaixonam. Pontos extras pela interpretação de Meryl Streep como terapeuta da Rafi. Esse filme representa bem aquele momento em que você acaba de sair de um relacionamento e descobre que pode se apaixonar de novo e de repente é como se fosse pela primeira vez. Quando assistirem, prestem bastante atenção na música que toca no final do filme. Coloquei ela na minha playlist.

Bem, é isso. Divirtam-se!