Eu não quero ser esse sentado aqui triste por quem foi embora e esperando quem vai vir pra ficar. Parece que sempre existe melhor opção do que eu, pelo menos para os outros, já que no fim das contas eu acabo por me preferir.
O meu problema não é ficar sozinho, o meu problema é ficar sem você, mesmo sem saber quem você é, às vezes me pergunto se é fruto da minha imaginação. Eu devo dizer adeus aos contos de fada, fazer o nó na gravata e usar aquela expressão apática.
É o talvez que me devora da cabeça aos pés, me consumindo em fantasias, em “e se?”. Eu sei que vou ficar bem, a felicidade vem em parcelas, talvez a fim de evitar uma overdose, mas não é todo dia, não é toda semana.
Uma vez ficou por dois meses, talvez não tivesse lugar melhor pra ir. Quando conseguiu, foi como se nada tivesse acontecido. E eu aqui fiquei, afinal o que são mais alguns arranhões? Minha mente evolui a cada golpe e meu coração permanece, mas se no fim das contas ainda vivo, não tenho do que reclamar.
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