Liberdade

_Pode ir. Disse Luís.
_Estou namorando.
_Bom pra você.
_Talvez não nos vejamos mais.
_Entendo, tudo bem.
_Você está ouvindo? Está entendendo o que eu digo?
_Perfeitamente, você está namorando e é melhor que não nos vejamos e que não nos falemos mais.


Luís parece aceitar tão bem, mas talvez não exista o que aceitar, afinal não depende dele o controle sobre as decisões de outra pessoa, ele pode apenas controlar a si mesmo e tinha decidido ficar bem.

Mais tarde, pensando sobre os últimos acontecimentos se perguntou: Deveria ficar triste? Deveria se importar? Deveria lutar por algum tipo de contato por menor que fosse? Não, foi a resposta que ouviu.

Tudo está bem, tudo está em paz. As coisas são engraçadas, até porque foi a falta de atenção, a falta de carinho e a falta de consideração que o prepararam para esse momento. Ele então deseja: Segue em paz ou em guerra, seja feliz ou não, eu não me importo, não quero saber. Só podemos culpar a nós mesmos por receber menos amor do que queremos e merecemos aceitar.

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